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Organize seu conhecimento no internato

Organize seu conhecimento no internato
Emerson Wolaniuk
fev. 2 - 3 min de leitura
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Quando o estudante de Medicina passa do 4º para o 5º ano, muita coisa muda na rotina na qual o conhecimento estava sendo passado até então. Os 4 primeiros anos são muito mais teóricos do que o internato médico, onde aulas passam a ser raridade e a rotina é o atendimento direto.

Essa fase do curso médico é extremamente necessária para que se desenvolva relação médico-paciente e, principalmente, para que se aplique o raciocínio clínico. Porém, o raciocínio clínico e a obtenção de segurança frente às condutas são características difíceis de conquistar. É necessário muito estudo em casa e muito interesse para que, ao final do 6º ano, você se considere um médico de verdade.

Para otimizar seu estudo você pode lançar mão de uma técnica milenar: o caderno de anotações. Mesmo na era dos smartphones, tablets e aplicativos, o bom e velho caderninho continuam sendo uma ótima técnica.

Quando utilizamos nossa própria fonte de anotações, ultrapassamos o uso da memória factual – essa, evanescente, que dura pouco tempo e é a responsável pela sensação de ‘esqueci tudo’ quando você passa a madrugada estudando, faz a prova e dali a dois dias já é difícil lembrar.

Ao consultar lembretes no smartphone a memória utilizada é a factual. Quando você volta a uma nota antiga, ou acrescenta novas anotações a ela – como numa agenda – esses conhecimentos conversam entre si e criam sentido e, por isso, farão parte do seu raciocínio clínico, como se você tivesse incorporado um hábito.

Quando entrei no internato, decidi aplicar essa ideia. Ganhei uma caderneta de brochura e comecei a anotar coisas como doses de medicamentos, interações medicamentosas, scores, esquemas terapêuticos mais complexos, minhas tabelas e fluxogramas – coisas que a gente aprende na enfermaria ou na apostila do cursinho para residência.

Hoje, tenho três agendas dessas que cabem no bolso e, dependendo do que preciso, não hesito estar com uma no bolso e consultá-la. Ao longo de cada estágio, elas iam ficando mais cheias e hoje já vejo mais pessoas utilizando esse recurso.

Além da utilidade prática que o caderno de anotações tem, ele pode atuar também como um apoio psicológico no início da profissão, principalmente se além de notas médicas você colocou números telefônicos de centros de consultoria, como o 0800 410 148 – que é do Centro de Controle de Envenenamento de Curitiba, onde você pode tirar suas dúvidas num caso de acidente loxoscélico.

Os cadernos que não podem te acompanhar no dia-a-dia, os grandes, guardam suas anotações mas costumam estar longe quando você precisa deles. As cadernetas ou os moleskines cabem na sua maleta ou no bolso do seu jaleco, junto ao smartphone, e é por isso que são tão uteis quando você tem alguma dúvida.

 


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